Soft skills e hard skills. Estas são palavras que habitam o linguajar e o dia a dia de todos aqueles que fazem parte do mundo dos negócios. Tem quem diga que não passam de puro jargão, tem que acredita tratar-se de conceitos fundamentais para o empreendedorismo e qualquer área correlata. Mas, você sabe, de verdade, o que elas significam? Será que sua importância é realmente tão essencial?

No artigo de hoje da Brainstorm On, vamos desmistificar estes dois termos e mostrar, na prática, como eles podem aparecer no seu dia a dia (e talvez você nem tenha se dado conta). Acompanhe conosco!

 

Mas, afinal, o que são skills?

 

A palavra skill é um termo de origem inglesa que significa, em tradução livre, nada mais do que ‘habilidade’. Ou seja, o conjunto de competências que se tem ao executar uma ação, seja ela qual for.

E, geralmente, essas habilidades não caminham sozinhas. Elas costumam fazer parte de um conjunto de micro ações que executamos ao mesmo tempo e culminam em uma ação completa. Por exemplo, quando falamos com alguém, estamos colocando em prática a nossa habilidade de fala, nossa habilidade verbal ou, até, nossa habilidade de comunicação. Quando pegamos uma receita de um site da internet para preparar um omelete, estamos colocando em prática nossa habilidade visual (pois vamos ler a receita em algum lugar), nossa habilidade matemática (para entender a quantidade de cada alimento), nossa habilidade de memorização (para conseguirmos reproduzir o passo a passo descrito na receita) e assim por diante.

No mundo empresarial, uma skill significa basicamente a mesma coisa. Claro, não estamos aqui falando sobre cozinhar um belo prato para o almoço ou conversar com sobre um fato corriqueiro do dia. Os enfoques passam a ser a manutenção da organização na qual você está inserido e de você enquanto ocupante de um cargo neste espaço. E, neste contexto, as skills acabam ganhando um sentido mais amplo e englobam, também, as aptidões e o
jeito com o qual alguém executa uma tarefa.

 

Hard Skills

 

Quando você se candidata a uma vaga de emprego, o primeiro filtro que separa você do cargo a ser ocupado é o seu currículo. Isso acontece porque, ao executar uma tarefa específica, espera-se que a pessoa esteja preparada intelectualmente para tal. Ou seja, que ela tenha a formação necessária e que tenha aprendido os conhecimentos técnicos e teóricos que a permitem realizar a tarefa. Estas são as hard skills.

De maneira mais simples, podemos dizer que hard skills são tudo aquilo que se aprende em uma sala de aula, em uma escola tradicional, em uma faculdade, com livros técnicos e afins. Por exemplo, para que um médico exerça sua profissão, é preciso que antes ele frequente a faculdade de medicina, assista aulas de anatomia, biologia etc. O mesmo vale para um engenheiro, que precisa frequentar a faculdade de engenharia e assistir aulas de cálculo e física.

Mas se as hard skills são, então, o conjunto de competências técnicas, não significa que elas existem apenas em profissões consideradas tradicionais. O empreendedorismo, o marketing e o mundo dos negócios em geral também possuem esse mesmo conjunto de habilidades. Apenas para citar algumas, são elas as técnicas de análise de dados, as técnicas para criar um fluxo de caixa, os conhecimentos tributários para abrir e gerenciar uma empresa, a realização de pesquisas quantitativas e por aí vai.

 

Soft Skills

 

Por outro lado, uma carreira em uma empresa não é feita apenas dos conhecimentos técnicos. Existe um leque enorme de variáveis que são levadas em consideração quando o assunto é prosperar e alcançar o sucesso. Imagine que você é o gestor de uma equipe e possui toda a qualificação técnica necessária para ocupar o cargo, com diplomas das mais renomadas instituições de ensino. Mas, sempre que surge um conflito no ambiente de trabalho, acaba perdendo o controle e fica nervoso com seus colaboradores. Outra situação: você é promovido (a) para ocupar um cago onde tem que dar palestras e reuniões periódicas sobre os resultados do setor no qual está. Mas, por algum motivo, tem medo de falar em público e não consegue transmitir as informações aos demais colaboradores.

Por incrível que pareça, essas situações são mais comuns do que imaginamos. E, muitas vezes, podem ser o limiar que impe de muitos profissionais de alcançarem a posição que sempre almejaram, por mais tecnicamente preparados que estejam.

De forma genérica, podemos dizer que as soft skills são as atitudes comportamentais de cada um. E elas não se restringem à habilidade de falar em público ou à inteligência emocional necessária para lidar com uma situação de tensão no ambiente profissional. Vão muito além! Demonstrar iniciativa frente à resolução de algum problema (assim como conseguir enxergar um problema eminente), ter uma postura ética e resiliente no trabalho, o autoconhecimento, a empatia com os demais colegas, a criatividade, a organização são apenas alguns exemplos de soft skills que o mercado não apenas pede mas exige que um bom profissional demonstre para alcançar o sucesso.

 

Por que tudo isso?

 

O mundo evolui a cada segundo e nós, seres humanos, acompanhamos isso. Se voltamos há alguns anos, era comum que pessoas conseguissem “bons empregos”, apenas por uma indicação ou por terem se formado em uma instituição com renome. Hoje em dia as coisas não são bem assim.

Quando fazemos um teste de seleção para uma vaga, os critérios técnicos podem até ser o primeiro filtro, como dissemos acima. Mas com certeza não é o último. Todos sabemos dos inúmeros testes comportamentais, avaliações psicológicas, dinâmicas de grupos que os profissionais de RH aplicam. Eles têm, entre outras funções, o objetivo de avaliar as soft skill que conseguimos aplicar no dia a dia e como a presença ou ausência delas podem impactar no ambiente da empresa. Afinal, sejamos honestos, ninguém quer 8, 10, 12 ou quantos horas forem necessárias em um ambiente inóspito!

Desenvolver ao máximo suas soft skills é algo tão imprescindível quanto ter o conhecimento técnico para executar uma função.

 

Por onde eu começo?

 

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